“Água é vida” chama-se uma campanha que visa a alertar a população à necessidade de cuidar bem do bem mais precioso da vida que temos, a água. Com subtítulos como “não a desperdice”, “todas as gotas contam” ou “reduza o seu consumo” pretende-se alertar a população do Algarve para um problema que é caseiro.
Isto leva a questão se as piscinas biológicas são, eventualmente, também um desperdício de água?
A água de uma piscina biológica, uma vez cheia, fica no local é nunca é trocada. A única quantidade reposta é a água evaporada durante os meses mais quentes de verão. Sendo assim, essa quantidade evaporada podia ser considerada como perda desnecessária. Mas não é! Primeira, evaporar água é um efeito natural e não qualquer água de poluição do meio-ambiente. Segundo, em quase todo o país, a superfície do espelho de água capta mais água durante a época chuvosa que a piscina biológica evapora durante os meses mais quentes. Através de uma recolha subterrânea da água em excesso é possível de fazer uma recolha das águas pluviais para o uso no verão quando a piscina biológica a precisava.
A água de uma piscina biológica é uma oferta à natureza. Um ponto de água doce na paisagem serve como bebedouro para a vida selvagem. A zona húmida em miniatura que cada piscina biológica consta, oferece habitat para uma multidão de seres vivos e, assim, constitui não só um local acolhedor para o utentes humanos, mas também para rãs, tritões, libélulas, cágados, escaravelhos de água, plantas aquáticas e muito mais. Com a sua água viva, de qualidade natural, torna-se um sítio importante para a biodiversidade e a vida selvagem.
E, em comparação, as piscinas convencionais? Destas não fala a campanha “Água é vida”…