São estas as pequenas histórias que acontecem junto a uma piscina biológica e que tornam estes equipamentos tão únicos.

Sabem o que é um alfaiate? Sim, sabem, uma profissão que parece estar em perigo de extinção porque hoje em dia quase toda a roupa vem de cabides na loja.

Não é este alfaiate, é outro, pois claro. É mais pequeno, um inseto, que também tem o nome alfaiate e vive na tona de água de charcos, ribeiras e piscinas biológicas. São bichos pequenínos, muitos não maiores que a ponta dum dedo, mas sabem patinar acima da tona de água sem se molhar! Aproveitam da chamada capilaridade da água, ou seja, das forças físicas entre as moléculas de água que permitem a água encher o copo um pouquíssimo mais alto que o próprio copo é. O mesmo efeito físico também existe na superfície da piscina biológica e assim o animal pode andar na tona de água sem afundar.

Mas ajuda ainda uma especialidade anatómica nos patas da frente: pêlos minúsculos formam uma espécie de bolsa para segurar nela uma bolha de ar. Nesta maneira o animal estar remar acima da superfície de água com os movimentos das patas detrás. A almofadinha de ar por baixo das patas da frente não faz resistência nenhuma e assim os alfaiates podem patinar com grande velocidade acima da superfície.

E o que fazem lá? Principalmente estão à procura de presas, outros insectos caídos na água por exemplo. Porque alfaiates pertencem ao grande grupo das baratas e são insectívoros.

Para as pessoas são totalmente inofensivos e sempre bons companheiros a observar na superfície duma piscina biológica.