Sempre com os pés na água, assim é a vida de muitas plantas aquáticas. E sempre com a cabeça no ar, onde há muito oxigénio e dióxido de carbono, o que as plantas precisam. Mas como é que eles conseguem transportar estas gases para a zona da rizosfera, onde estão as raízes, onde precisam também destes gazes?

A foto mostra a estrutura interna das caules de diferentes espécies de plantas das margens. Nota-se formas ocas e outras com tecido branquicado algo aburacado. Isto chama-se aerênquima. É constituída por células infladas ou grandes espaços intercelulares, formando grandes cavidades no interior da planta. Aí que passa o ar com as gazes vitais da planta.

A estrutura da aerênquima é típica para plantas que vivem em locais pantanosas e aquáticas, ou seja, é a adaptação anatômica ao ambientes de carência de oxigênio.

Para a manutenção das plantas, a existência das aerênquimas tem de ser respeitada.  Se faz qualquer poda de plantas secas sempre 20 cm acima da tona de água, a evitar que água pode entrar nestes “canais de transporte” da planta cortada e causa que essas apodrecem.