A primavera é a época das rãs. É nesta altura em que começam as canções da atividade de acasalamento nos lagos bem como nas piscinas biológicas. Mas não todas as espécies de anfíbios aguardam até a primavera. O sapinho-da-unha-negra, Pelobates cultripes, é um exemplo destes. Essa espécie começa procurar as águas como berço da próxima geração de sapinhos já no outono. Durante as noites chuvosas os machos e as fêmeas adultos desta espécie migram também para as piscinas biológicas. E já poucos dias depois pode-se encontrar os pacotinhos de ovos junto às plantas subaquáticas. Durante os meses de inverno desenvolvem-se os girinos, os quais podem atingir tamanhos mesmo impressionantes até 10 cm no fim da primavera! Pouco depois os pequenos sapinhos saiam da água para viverem uma vida escondida em ambientes terrestres. Aí revela-se a importância da unha negra que os sapinhos usam para enterrarem-se rapidamente nos seus esconderijos na terra de campos e hortas. Raramente se vê estes sapinhos, provavelmente a razão porque essa espécie está pouco conhecida mas bem distribuída em todo o país.