Os bichos da noite

Rãs, tritões, libélulas, andorinhas a beber água… a vida natural junto à piscina biológica é largamente conhecida. Mas não é a gama toda, porque quando o sol desaparece, a equipa muda. Vêm os bichos da noite.

Nota-se o início da mudança através de um pormenor. Já não há libélulas ou libelinhas em voo, com uma exceção. Anda lá, ao longo dos juncos na margem, um único exemplar, uma libélula grande.

É a Libélula crepuscular, a única espécie de atividade noturna das libélulas em Europa.

A escuridão avança e quase perdemos o inseto da vista. Mas o que é isto? Uma grande ave de voo muito elegante aproxima-se silenciosamente à superfície da água, no meio da piscina biológica. O artista é capaz de parar quase acima da tona quando bebe a água. É o noitibó que começa a sua vida noturna a matar a sede.

Ainda não é totalmente escuro, mas temos de procurar uma vista ao lago que apanha uma boa parte do céu ainda iluminado por um resto de raios de sol enquanto a estrela central já tinha desaparecido atrás do horizonte desde mais que uma meia hora. Morcegos são muito pontuais e aí vem, o morcego-anão. Ele passa num voo muito rápido, toca na água a beber uma quantidade equivalente ao seu tamanho minúsculo e já se foi.

A passagem do morcego-anão marca o fim do espetáculo dos bichos da noite com asas junto à piscina biológica.

2022-07-31T09:55:18+01:00

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