O mero fato que os anfíbios cantam, especialmente as rãs, é largamente conhecido.

As rãs nas piscinas biológicas não constam uma exceção. Mas porquê é que cantam?

A época de mais atividade de concertos é obviamente a primavera. Para muitas das espécies nota-se uma ligação direta entre a temperatura da água e a intensidade de canção. Cantar gasta de muita energia e são exclusivamente os machos que cantam. O conteúdo da canção é mais ou menos sempre o mesmo e traduzível com “eu sou o melhor por aqui e vale mesmo a pena acasalar-se comigo“. Mas existem também outros conteúdos. Quando ouvimos as rãs-verdes a cantar, as vezes aparece um grito alto, bem mais curto que a canção normal. Este grito é emitido quando um macho agarra num outro macho. Este erro é rapidamente corrigido pela tal frase curta e alta do canto e significa “afasta-te de mim, sou também um macho!“.

Assim já fica bem claro: cantar é uma atividade pré-nupcial. Dependente de cada espécie de anfíbio, a época de canção é curta ou longa e acontece em diferentes épocas do ano. O maior “barulho” fazem as relas e as rãs-verdes (fotos). Sapos cantam muito pouco e, assim, só especialistas podem notar as atividades sonoras destas espécies.