Setembro é o mês quando mais falta água na natureza. Os lagos e barragens têm o nível bem baixo, até alguns já estão secos, e nas ribeiras corre pouca água. Isto é a altura quando o guarda-rios começa aparecer junto às piscinas biológicas.

Desde ele encontra um lugar para pousar, parar na margem no deck ou nos paus da escada, olha e fica bastante desapontada. Nada de peixes! A sua dieta preferida não se encontra em piscina biológica nenhuma. Mas o guarda-rio está ver alternativas, porque também se alimenta de girinos, rãs muito jovens e larvas de libéluas.

O guarda-rios é muito tímido. Não é fácil de o observar. Mas ele tem uma maneira própria de anunciar a visita dele. E quem conhece o grito típico desta ave, sabe alguns segundos antes que o guarda-rios está a chegar. Sempre quando a ave levanta voo, está pitar num som alto e muito característico. Quem está a ouvir este pito, tem olhar para a margem da piscina biológica e já lá vem ele, uma seta de um azul brilhante e de alta velocidade, pousa abruptamente num sítio estratégico acima de água e, quando encontra algo a comer, lança-se na água e mergulha até apanhar a presa.

Quem quer melhorar as possibilidades de observação do guarda-rios numa piscina biológica, tem colocar um pau ou ramo bem perto da margem, cerca de um metro acima da tona de água. A visita do guarda-rios, um dia, é quase garantida, especialmente em dias de Outono.