É agora, nos meses de setembro e outubro, quando deparamos com pássaros junto à piscina biológica que lá não estão durante a maior parte do ano. São pequenos, não muito tímidos e fazem o que os pássaros residentes não sabem fazer, eles estão pousar ou trepar num rebente de caniço, de cima para baixo, até chegar à tona de água para beber.
Muitas das vezes eles vêm em pequenos grupos. São exemplares do género Acrocephalus, por exemplo o Rouxinol-dos-caniços, cujas populações do centro e norte de Europa vivem nos caniçais nas margens de grandes lagos e rios. No caminho para África, onde vão ficar durante o inverno, passam por Portugal e descobrem as piscinas biológicas que não raramente oferecem um mini-caniçal nas suas margens. Assim, os pássaros sintam-se quase em casa e aproveitam da oportunidade para matar a sede.
Também neste sentido piscinas biológicas são importantes habitats a suportar a biodiversidade em Portugal e além fronteiras.