A Escola Superior Agrária de Coimbra tem em andamento um projeto de investigação para promover a conservação de plantas aquáticas raras ameaçadas no Baixo Mondego e nas Dunas de Mira no Centro do país.

“Charcas de Noé” pretende “contribuir ativamente para o aumento do conhecimento da distribuição e estado de conservação das plantas aquáticas raras e ameaçadas no Baixo Mondego e do Sítio Natura 2000 Dunas de Mira”.

Com financiamento do Fundo Ambiental o projeto de investigação, “surgiu porque Portugal tem sofrido uma grande perda de espécies e das suas áreas de distribuição”, o que se reflete também na Lista Vermelha das Plantas Vasculares de Portugal Continental. Na Lista Vermelha as plantas aquáticas são as mais afetadas do declínio de espécies.

O projeto pretende “melhorar o estado de conservação do património natural”, designadamente através do aprofundamento do “conhecimento da distribuição e estado de conservação” das plantas aquáticas ameaçadas naquelas áreas e da “biodiversidade dulçaquícola” e da prevenção da “extinção regional de espécies aquáticas”.

Para alcançar estes e outros objetivos, a equipa de investigação envolvida no ‘Charcas de Noé’ efetua “busca dirigida e mapeamento participativo, em ações de conservação (in-situ) em locais-chave para a preservação das populações existentes de plantas raras e ameaçadas e na otimização do cultivo de espécies aquáticas nativas com valor ornamental e sua conservação ex-situ”.

A Escola Superior Agrária pretende um trabalho de “multiplicar e depois disponibilizar espécies aquáticas autóctones aos municípios do Baixo Mondego e limítrofes, tanto para substituição de plantas exóticas nos lagos, tanques e charcos ornamentais municipais”.

O projeto, com um financiamento de cerca de 52 mil euros, deverá ser executado até final de 2020.