As poucas espécies de água doce que existem em Portugal vivem em ribeiras ou rios de água corrente, ou seja em condições bem diferentes de uma piscina biológica. Quase todas elas estão registadas na Lista Vermelha, porque são raros e a destruição do habitat deles e/ou a poluição de ribeiras e rios ameaça fortemente a sobrevivência destas espécies endémicas de Portugal ou endemismos ibéricos. Por cima desta desgraça toda, vêm as espécies exóticas invasoras introduzidas em Portugal em quase todo o território que causam danos na flora aquática e ameaçam a sobrevivência das espécies de cá.
Quem gosta de peixes de água doce, recomenda-se o livro recentemente editado “Guia dos Peixes de Água Doce e Migradores de Portugal Continental” (Edições Afrontamento). Uma leitura interessante para o verão, ao pé da piscina biológica, livre de peixes.

Porque peixes na piscina biológica não é boa ideia. Primeiro, muitas espécies de peixes gostam de mexer na lama e assim tornam a água turva, efeito não desejado. Segundo, outras espécies  alimentam-se do zooplâncton, os pequenos animais que estão filtrar a água na piscina biológica. E, o mais importante, não existem peixes da fauna portuguesa disponíveis no mercado para compra.