Dia 2 de fevereiro foi o Dia internacional das Zonas Húmidas. Razão para falar de piscinas biológicas. Mas hoje importa mais meter os pés na poça. Porque poças também são zonas húmidas, especialmente aquelas que aguentam muitas semanas, até meses, sem perder a sua água. Aí vivem seres vivos altamente adaptadas à uma vida no meio aquático, sejam eles plantas ou animais.

Entre as poucas plantas que conseguem sobreviver nestes locais destaca a estrelinha-de-água. Quando a poça volta encher com água no outono, os sementes desta planta aproveitam para germinar e rapidamente cresce a pequena caule com folhas e a estrelinha de folhas flutuantes na ponta desta caule.

Debaixo do tapete formada pelas plantas encontramos larvas de tritões e até salamandras. As últimas mostram que a poça tem boa qualidade de água, porque as pingas de chuvas puras encheram uma depressão na argila e, assim, nada lá está que podia ter contaminado a água. Além das larvas com quatro patas já referidas vivem lá também girinos de sapos e sapinhos e na margem encontramos um exemplar da rã-verde ibérica.

Alguns insetos aquáticas e as suas larvas completam a biocenose nesta poça. Um mundo pequeno cheio de biodiversidade que existe apenas poucos meses na época mais fria.