Já não me lembro bem porquê, mas na nossa casa todos os sapos chamam-se Olga. E sapos há sempre, na horta, nos caminhos do jardim, no redor da casa e também na piscina biológica.

Não se vê sempre. São mais encontros de surpresa como encontrar uma amiga que para semanas (ou passaram já meses?) não se via. Olga, de repente está lá!

Nunca vou perceber como pode haver pessoas que não gostam das Olgas (a dar um nome ao sapo, o mesmo já é mais simpático, não é?). Tem de se apreciar o sapo todo e não só a fama menos boa. Do ponto de vista humana, sapos são muito úteis porque durante a noite trabalham incansavelmente para nós, nas filas dos canteiros a comer lesmas, caracóis e demais insetos que por sua vez são em maioria grandes apreciadores da verdura que estamos cultivar na nossa horta biológica. Neste sentido, as Olgas são boas jardineiras.

De facto, não têm corpo de supermodel. São grandes e pouco elegantes, gordas, a dizer a verdade. Gordas até muito gordas! E a pele está cheio de verrugas, pois, no fim, as Olgas são sapos da espécie Bufo spinosus. Mas os olhos! Vale a pena arriscar uma olhadela profunda aos olhos dum sapo. São olhos dourados!

À piscina biológica vão para tomar banho. A nossa Olga prefere as manhãs de dias mesmo quentes para dirigir-se à piscina biológica e com um grande splash! salta na água. Depois esconde-se por baixo do passadiço, pousada numa pedra como se fosse a rainha da piscina biológica. Nem sempre respeita a zona de banho e toma banho já na zona de plantas. Mas somos generosos com a nossa Olga porque ajuda-nos tão bem nos canteiros da horta. Bons banhos, Olga!